O que é isso?
Qual é o propósito?
E eu respondo pra quem as perguntas da máquina?
Tem que entrar sozinho?
Tem que pagar alguma coisa?
Depois de uma semana fazendo monitoria na Egomáquina, cheguei a conclusão de que ela é um simulador de consciência coletiva; causa no espectador o efeito de ser inquirido por uma multidão; é um ponto de encontro entre a videoarte, a instalação, a dramaturgia e o videogame.
Mas, em primeiro lugar, ela é um gerador de inquietação empática, o que é algo muito bom de acompanhar e faz muito sentido em uma cidade como São Paulo.
Pais, mães e crianças, malucos da rua, malucos de família, funcionários do conjunto nacional, jovens, interessados em geral por arte e curiosos em geral já passaram pela Egomáquina. E a todos eles eu dou a explicação básica, respondendo todas as outras perguntas adicionais. Graças aos esforços conjuntos do Pedro Harres, Otávio Donasci e João de Ricardo (com Stan Molina na programação de software e o inquietante texto do Fernando Bonassi), os freqüentadores do conjunto nacional estão tendo acesso a um belo momento de reflexão e caos.
Quanto a mim, ficar sentado ao lado de um grande simulador de sentimentos, atraindo e conduzindo as pessoas, tem sido interessante, perturbador e um alivio para a atmosfera de relações pré-programadas que toma conta de São Paulo.
E o resto, o futuro dirá.
Câmbio-desligo
João Kowacs
Escritor, agente social e piloto de Egomáquina
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